Uma em cada oito mulheres são agredidas sexualmente, segundo Unicef

Foto: Reprodução / Freepik

por Leonardo Souza

Publicado em 10/10/2024,

às 18h53

Uma em cada oito mulheres foram vítimas de agressão sexual ou estupro antes de completarem 18 anos, de acordo com o alerta do Fundo das Nações Unidas sobre a Infância (Unicef) feito nesta quinta-feira (10). Este número corresponde em mais de 370 milhões de mulheres. Este novo relatório da organização evidencia as “consequências devastadoras” para as vítimas e clama por uma “ação mundial urgente” contra essa violência.

Se forem consideradas formas de violência sexual “sem contato”, como abuso verbal ou pela internet, o número de menores e mulheres afetadas aumenta para 650 milhões, equivalente a uma em cada cinco, conforme a organização.

O relatório revela que adolescentes do sexo feminino entre 14 e 17 anos são as mais impactadas, embora os meninos também sofram abusos. Estima-se que entre 240 milhões e 310 milhões de crianças tenham passado por estupro ou abuso sexual na infância, o que representa uma em cada onze.

O maior número de vítimas foi computado na África Subsariana, com 79 milhões de casos, seguida pela Ásia Oriental e pelo Sudeste Asiático, com 75 milhões, e pelas Ásias Central e Meridional, com 73 milhões.

A Europa e a América do Norte têm cerca de 68 milhões de vítimas, a América Latina e o Caribe, 45 milhões e o norte da África e a Ásia Ocidental, 29 milhões. A Oceania conta com 6 milhões de vítimas.

Os casos acontecem principalmente em ambientes “vulneráveis”, como entre pessoas deslocadas, por exemplo. A organização lembra que as meninas correm um risco ainda maior. Nestes locais, uma a cada quatro foi vítima de abuso ou estupro.

Os estudos também mostram que menores vítimas de violência sexual têm mais chances de sofrer outros abusos, correndo um risco maior de usar drogas, de se isolarem socialmente ou de desenvolverem transtornos mentais, como ansiedade e depressão, além de terem dificuldade em constituir relações saudáveis.

Não revelar os abusos intensifica as suas consequências, ressalta a organização, que também alerta a “necessidade urgente de intensificar a ação mundial visando o combate à violência sexual contra a infância, incluindo medidas que mudem as normas sociais e culturais e dotem os menores de informações precisas, que permitam identificar esse tipo de violência”.

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