Ex-secretário de Salvador é investigado em esquema bilionário na Operação Overclean pela PF

Foto: Reprodução

por Redação

Publicado em 03/04/2025,

às 09h54

O ex-secretário de Educação de Salvador e atual gestor da mesma pasta em Belo Horizonte (MG), Bruno Barral, foi afastado do cargo por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) por investigação da Operação Overclean. Ele é um dos investigados na terceira fase da ação, deflagrada nesta quinta-feira (3) pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU).

A operação investiga um esquema bilionário de fraudes em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro, com foco no desvio de recursos públicos. O esquema teria movimentado aproximadamente R$ 1,4 bilhão por meio de contratos fraudulentos e obras superfaturadas. Bruno Barral assumiu o cargo em Belo Horizonte com o apoio do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) e do consultor Marcos Moura, conhecido como o “Rei do Lixo” e suspeito como um dos chefes no esquema criminoso.

A nomeação de Barral para o cargo na prefeitura de Belo Horizonte foi publicada no Diário Oficial do Município em 16 de abril de 2024, como parte de uma reacomodação política articulada entre lideranças locais e o União Brasil. Na prefeitura de Salvador, ele ocupou a mesma pasta durante a gestão de ACM Neto. Até então, sua nomeação era vista como estratégica para ampliar a influência do partido na capital mineira.

A Polícia Federal cumpre, nesta quinta-feira (3), 16 mandados de busca e apreensão e uma ordem de afastamento cautelar de um servidor público, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As ações ocorrem em Salvador (BA), São Paulo (SP), Belo Horizonte (BA) e Aracaju (SE).

As investigações apontam que a organização criminosa direcionava recursos de emendas parlamentares e convênios para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais. O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), especialmente a Coordenadoria Estadual da Bahia (CEST-BA), foi um dos principais alvos do esquema.

Os envolvidos poderão responder por corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça.

 

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